Filhos da Pauta

Jogo gratuito auxilia estudante a aprender biologia

Programa já pode ser instalado em computadores de escolas

Já está disponível gratuitamente para professores e estudantes do ensino médio, através do site (http://calangos.sourceforge.net/), o jogo eletrônico “Calangos”. Criado por pesquisadores radicados na Bahia, o programa educativo é uma ferramenta de apoio ao ensino e à aprendizagem de conteúdos obrigatórios para essa fase educacional, como ecologia e evolução das espécies. Calangos faz uma simulação, em três dimensões (3D), dos movimentos de três espécies de répteis (Tropidurus psammonastes, Cnemidophorus sp. novembro e Divaricatus), comuns nas dunas às margens do Rio São Francisco, no interior da Bahia. Nele, os jogadores controlam a busca de alimentos, a fuga de predadores e o aquecimento do corpo através da exposição ao Sol, com a intenção de garantir a sobrevivência do animal. Conforme o site oficial do projeto, os estudantes podem aprender sobre ecossistema através de uma experiência pessoal, ao ver, por exemplo, os que os lagartos procuram manter a temperatura adequada do corpo para garantia do funcionamento do organismo. Os répteis fazem isso expondo-se ao Sol, para se aquecer, e abrigando-se à sombra de arbustos, para se resfriar. Os jovens podem, ainda, compreender como interações ecológicas, como a busca por alimentos de cupins e formigas, e táticas para se esconder de predadores, como aves de rapina. "O objetivo é fazer um vínculo entre a aprendizagem e o entretenimento", explica o coordenador da iniciativa, Charbel Niño El-Hani. O jogo pode ser adquirido gratuitamente. Basta fazer o download (ou seja, o programa instalar no computador da escola ou de casa) direto do site oficial, onde são ofertadas versões para Windows e Linux. Lá, os professores, também, têm acesso a instruções sobre como conduzir o processo educativo utilizando esse novo suporte. O instrumento educativo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade Católica de Santos (SP) e Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP), com financiamento dos ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia).