segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Ao Pessoal que vai de preto pro ISBA amanhã:

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Por Natália Arjones

Pelo que mesmo vocês estão protestando?

O ISBA não tem respeito aos alunos, funcionários e professores já faz muito tempo.

Pra começar: O ISBA (antigo Social) substituía currículo por parentesco. Quem nunca reparou na 'família' que o ISBA era? Alí todo mundo era parente. Puro Nepotismo.

A Irmã Maria Alice, aos 80 e poucos anos, não tem mais capacidade de dirigir (e não tem faz tempo!!). Ou seja, não tem mais puxa sacos da irmã, que era muito boazinha, coitada. Caía na conversa de cada um... Vivia num mundo paralelo onde o ISBA era (na cabeça dela) o mesmo.

O ISBA já é, faz temmmmpo, uma indústria. E quem mandava não era Maria Alice. Eram os pais. E a coordenação era o meio com que se manipulava para agradar mais, atrair mais, passar mais, reprovar menos, expulsar nenhum. Em pleno terceiro ano presenciei muitas coisas bizarras com a direção. Tive professores que não sabiam o assunto em véspera de vestibular. Tinha professor que desrespeitava dúvidas de alunos na frente da coordenação. Como sempre, resolvia meus problemas sozinhas. Um erro. Hoje sei que se minha mãe gritasse na sala da direção, meus problemas estariam resolvidos.

Nos anos anteriores, a coordenação falava com marmanjos do 2º ano tratando-os como crianças do isbinha. Não é atoa que presenciamos um arrastão que quase derrubou o colégio naquela época. Era descontrole total. Todo mundo fazia o que queria. E eu também fazia.

Sei que muita gente que vai ler isso vai me odiar. Mas calma aí. Eu amei estudar naquela escola. Apesar de todos os problemas, os alunos do ISBA tinham algo especial que os unia. Talvez aquele espírito esportivo das olimpíadas (que hoje não funciona mais). Talvez aquela união pela música, pela dança... O que nos unia?? Não sei. Mas sei que lá fiz amigos pra o resto de minha vida.

Hoje eu vejo que o ISBA podia ser muito mais. Podia ser a escola que era. Mas algo destruiu ele. Algo fedia lá dentro. E quando eu entrei, isso já rolava.

Quando cheguei no ISBA ouvia todo mundo falando de um tal de Renato que havia saído. Por que?? Alan, com muito tempo na casa ensinando volei. Por que??

Mais tarde, fui entendendo o que acontecia nessa escola.

Então me desculpem, eu não vou protestar amanhã. Por que eu tô em casa rezando pra que dentro dessa lista de pessoas que foram embora (na qual se encontra pessoas que eu tenho muitas saudades!), o que tem de podre escondido no ISBA também vá embora. E que essa escola comece a olhar pelo futuro do aluno, como profissional. Que saibam agora puxar as rédeas quando for preciso. Bater o pé para os pais que acham que mandam naquela escola. Chega de papai na porta. Torço pra um ISBA diferente!



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